quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

DISPONIBILIZEMOS OS VASOS E O SENHOR NOS DARÁ O AZEITE

II REIS 4: 1 – 7

A história nos conta de uma mulher com seus dois filhos. Ela vai ao profeta Eliseu e pede ajuda. Seu marido havia falecido e tinha dívidas. Seus credores então, ameaçam buscar seus dois filhos como escravos como forma de pagamento.

Imaginem tamanha situação!
Além de perder seu marido, a mulher ainda, provavelmente repleta de problemas, tem que enfrentar a ameaça de perder seus dois filhos como escravos. Pobre mulher!

Mas, o que esta história tem a ver conosco? Nos mostra a provisão de Deus, seu poder na vida de seus servos. Mas é só isso???

Vamos refletir um pouco mais, e tentar ler nas entrelinhas...

V. 1 - O marido morreu , o provedor, o que trabalhava para ganhar o pão de cada dia.

A morte do marido pode representar qualquer situação de extrema dificuldade pela qual possamos passar: desemprego, dificuldades financeiras, alto custo de vida, tempos difíceis, depressão, baixa autoestima, enfermidade física, fraqueza espiritual, dúvidas existenciais.

A mulher, diante do problema, vai ao profeta de Deus.
Hoje temos acesso direto a Deus, em Cristo Jesus. Não há um profeta, não há um lugar ou uma pessoa, mas o próprio Jesus.

O ato de “ir ao profeta”, significa falar com Deus, orar em sinceridade de coração, abrir a Deus sua real necessidade.
Deus conhece muito bem tudo o que passamos, mas Ele espera que nos “relacionemos” com Ele. Ele espera diálogo.

V. 2 - O profeta pergunta à mulher: “o que você tem em casa?”
“Apenas um pouco de azeite”, ela responde.

O AZEITE representa PODER DE DEUS, UNÇÃO, EXPERIÊNCIA COM DEUS.

Você tem experimentado o poder de Deus? Quanto você tem de “azeite” em sua vida?
Quanto já experimentou do poder de Deus?
Do que você pode lembrar-se e agradecer a Deus, louvando-O pelo que experimentou?
Você já provou do agir de Deus em sua vida?

Quanto azeite você tem em casa?


CASA representa seu coração, o lugar de intimidade com Deus. O lugar onde você pode e deve se colocar livremente. A casa é o lugar onde não há necessidade de máscaras. O lugar onde a maquiagem, onde a roupa desconfortável podem ser retirados, é onde você se coloca o mais à vontade possível. Sua casa representa o lugar onde você encontra liberdade plena de expressão. Onde você pode chorar de tristeza e de alegria; onde você pode pular de contentamento, mas também pode se jogar em um sofá, quando não tem mais forças físicas ou psicológicas para manter as aparências. A CASA representa você, simplesmente você, exatamente como é diante de Deus.

Em nossa CASA temos o AZEITE.
Na sinceridade diante de Deus, temos poder.

Há pessoas que podem se lembrar da voz de Deus em seu ouvido. Há outras que já tiveram visões da parte de Deus, sonhos espirituais, ou ainda pequenas demonstrações do grande amor de Deus.

Quanto Deus tem falado com você?
Quanto você tem mantido seus ouvidos abertos para ouvi-lo?

Uma boa notícia é que por menor que seja ainda sua experiência com Deus, essa é a porção de AZEITE que Deus quer usar para a multiplicação de PODER na sua vida!

A mulher respondeu ao profeta que tinha em casa apenas um pouco de azeite. Não é preciso ter muito para haver multiplicação.


V. 3 - Vá, diz o profeta: Peça emprestado aos vizinho e amigos, vasilhas, vasos - não poucos”.

Esta é a função da igreja. Nós somos os “vizinhos e amigos” que emprestam as vasilhas. Se deixarmos de freqüentar a igreja, nos tornamos fracos e solitários, como pequenas chamas acesas. Nossas chamas dificilmente se apagarão, mas se tornarão fracas e de pouca utilidade. Mas, quando estamos juntos, não mais somos seres individuais e indefesos, mas nos tornamos fortes porque somos “um povo”. Nos tornamos como uma grande fogueira na qual é o poder de Deus que aquece e ilumina. Uma pequena chama não clareia muito e muito menos aquece, mas uma centelha, um grande fogo faz. Ilumina e aquece a muitos.

A Palavra nos ensina que “o que é ligado na terra é ligado no céu”. Isso nos prova o poder que há quando o povo de Deus se une.

Ao louvarmos juntamente, ao concordarmos em oração, ao intercedermos uns pelos outros, ao testemunharmos os feitos de Deus uns aos outros, temos sido instrumentos que Deus usa, a fim de que o azeite, a unção do Espírito Santo na vida de nossos irmãos aumente.

As vasilhas são o lugar onde se coloca o azeite, lugar onde se evidencia o poder de Deus, são OPORTUNIDADES.

Quando oro apresentando uma dificuldade e confiando em Deus, entregando-lhe sem reservas, Deus fala, orienta e age, Porque Ele encontra ali uma OPORTUNIDADE de agir em minha vida.

Quando me coloco diante de Deus pronto para ser usado por Ele para o benefício de outra pessoa, quando me deixo ser usado por Deus no evangelismo ou na assistência social, quando me entrego a Deus como intercessor a favor de alguém, estou como que entregando vasilhas onde Deus encontra espaço para depositar azeite – PODER, CURA, MILAGRE, AMOR, SALVAÇÃO. Deus encontra a oportunidade para entregar algo maravilhoso que Ele tem separado, peculiarmente, para cada um de nós:
EXPERIÊNCIA.
Deus quer que tenhamos experiência com Ele.

A história conta que o azeite foi suficiente para vender, pagar as dívidas e ainda viver do restante.

Azeite suficiente.
Poder suficiente.
Fé inabalável, porque tem experiências que a sustente.

“Eu sei em quem tenho crido”...Como poder afirmar isso? Através das experiências com Deus.

V. 4 - “Entra e fecha a tua porta”.
A porta deve ser fechada, mas o que desagrada a Deus deve ficar do lado de fora, caso contrário, a porta ficará entreaberta.

Isto é fechar a porta:

Buscar ter intimidade com Deus;
Ter tempo para Deus;
Buscar conhecer a Deus.

Li recentemente uma ilustração que falava de uma avião e seus passageiros.
Dentro dele havia um garotinho que entrou olhando para todos os lados e logo perguntou ao comissário de bordo: “eu posso conhecer o comandante?”

Logo que todos se acomodaram e após a decolagem, o menino, ansioso estava pronto para entrar na cabine.

Enquanto isso, os demais passageiros pareciam entediados. Alguns olhavam pela janela, apenas esperando a chegada ao destino. Outros olhavam o relógio, ansiosos pelo fim da viagem.

Mas aquele garotinho saiu da cabine muito feliz, realmente radiante e maravilhado com o que tinha vivenciado. Sentou-se em seu lugar e seus olhinhos brilhantes diziam que ao sair daquele avião sua vida nunca mais seria a mesma.

Isto nos lembra muito nossa postura diante de Deus, quando nos apresentamos a Ele.

Algumas pessoas vão à igreja como quem faz um voo costumeiro na ponte aérea RJ-SP. Participam do culto: cantam, oram, prestam atenção e esperam o final para saírem com a boa e confortável sensação de “missão cumprida”.

Outros, mais ansiosos, olham no relógio todo o tempo, aflitos com receio de que o grupo de louvou insista em cantar mais um.(rs)

Mas, certamente, há aqueles que entram na casa de Deus com um único objetivo: estão determinados a entrarem na “cabine” e estarem frente a frente com o Comandante JESUS. E quando, como o garotinho, se depara tão perto de Jesus, sabem, porque sentem dentro de si que suas vidas nunca mais serão as mesmas depois daquela experiência!

Não pelo que ouviram do pregador, não pelos hinos maravilhosos apresentados pelo coral, mas tão somente porque experimentaram um encontro pessoal com Jesus!

E a “cabine” não é acessível apenas na igreja. Quantas vezes tivemos encontros tão profundos com Deus em nosso lar?

“Entra em teu quarto em secreto e teu Pai que vê em secreto...”


V. 6 - A história nos conta que quando não havia mais vasilhame nenhum, então o azeite parou de ser multiplicado.

Quando é estabelecido o fim do que Deus tem para nós?
Qual é o limite do agir de Deus em nossa vida?

Apenas quando os vasos acabam. Apenas quando não mais oferecemos oportunidades.

Há pessoas que reclamam: “Deus não fala comigo”; “Deus não me revela nada”; “Deus não me orienta quanto ao melhor caminho, a melhor escolha”.

Minha pergunta:

Onde estão os vasos?
Quais têm sido as oportunidades que você tem dado a Deus para estar com você, para Ele falar com você?

Na história relatada, quantos vasos fossem colocados tantos eram repletos de azeite.
Quanto nós O buscarmos, tanto O acharemos.

“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”

Passamos nossa vida em atividades diversas. Os anos passam e tudo o que fizemos foi trabalhar, estudar, planejar, construir...enfim... Muitos são os compromissos da vida.

Que tal se aprendêssemos a descansar?

Que tal se aprendêssemos a respeitar o tempo de Deus?

A Palavra nos ensina que “para tudo há um tempo determinado por Deus”.
Jesus nos ensinou a vivermos cada dia, um a um, chegando a dizer que “ basta a cada dia o seu mal.”

O Senhor quer que descansemos nEle. Ele quer que experimentemos do seu poder.

O Senhor nos diz: “Aquietai-vos e sabeis que Eu sou Deus”.

Nós temos uma inclinação humana às preocupações, que só nos levam para longe de Deus.

Em um sábado eu estava conversando com uma diaconisa na porta da igreja e nós comentávamos como o tempo estava mudando. E ela me contou que quando era criança, morava em uma cidade do Paraná e lá quando o tempo mudava, ventava muito forte a ponto de destelhar as casas. E Então, ela se lembra que em uma dessas tempestades de vento, seu pai ainda não havia chegado do trabalho e sua mãe a colocou debaixo da mesa, junto de seus irmãos para protegê-los. E ela pensava: “Ah, se meu pai estivesse aqui, nada disso aconteceria. “ Na verdade, seu pai nada poderia fazer para impedir a tempestade, mas ela sentia-se mais segurança com a presença de seu forte pai!

Em um feriado estávamos viajando e precisamos pegar um trecho de estrada de terra, e como estava chovendo, tivemos alguma dificuldade para subirmos com o carro. Então eu me lembrei de um episódio de minha infância:

Quando eu era criança meus pais gostavam muito de viajar, então para nossa alegria, estávamos sempre na estrada. Numa dessas viagens, eu me lembro que (se não me engano era Mato Grosso), pegamos uma estrada de terra vermelha, nosso carro estava bem lotado e nós rodopiamos no barro, com muita dificuldade para passarmos aquele trecho.

Talvez não fosse tão perigoso quanto parecia aos olhos infantis de uma menininha de uns 5 anos. Mas, a impressão que ficou registrada em minha memória, era de uma estrada larga, repleta de lama escorregadia, na qual nos aventurávamos tentando prosseguir.

Apesar da adrenalina, do medo que a situação causava, no fundo, no fundo eu sabia que íamos conseguir sair dali, afinal quem estava no volante era meu pai.

Essa é a segurança que devemos ter em nosso Pai Celeste:

Salmo 121:4 diz: “Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.”

O Senhor nos promete: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”

Entreguemos, pois, a Ele toda a nossa ansiedade porque Ele tem cuidado de nós.

O busquemos naquela expectativa do menino que queria conhecer o comandante. Não nos contentemos com pouco; o Senhor tem muito mais para nós. Entreguemos a Ele nossos vasos, criemos oportunidades para estarmos em liberdade diante de Deus, apresentemos a Ele nossas ansiedades e confiemos tal qual a criança que confia em seu pai.

Porque o Senhor imutável nos diz ainda: “Aquietai-vos e sabeis que eu sou Deus.” Salmo 46:10

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